Reunião apresenta iniciativas para melhorar qualidade de vida e saúde da população litorânea

Serviços de terapia para Autismo e Plano de Redução da Mortalidade Infantil foram pautas do encontro

Em reunião da Associação dos municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa) foram anunciadas duas importantes iniciativas na área da saúde. O encontro ocorreu na tarde de quarta-feira, 27, no Palácio São José, sede administrativa da Prefeitura de Paranaguá.

Na pauta, a apresentação dos Serviços de Terapia para Crianças, Adolescentes e Adultos com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Esses serviços representam um avanço significativo na oferta de atendimento especializado para indivíduos com esse transtorno, abrangendo desde a infância até a idade adulta. O objetivo é proporcionar suporte terapêutico multidisciplinar, incluindo intervenções comportamentais, terapia ocupacional, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico, para melhorar a qualidade de vida e a inclusão social desses indivíduos.

A outra iniciativa foi o lançamento do Plano de Redução da Mortalidade Infantil no Litoral do Paraná. Este plano destaca o compromisso das autoridades e entidades de saúde em enfrentar os desafios relacionados à saúde materno infantil na região. As ações estratégicas incluem a criação de protocolos de atendimento, oferta de exames preventivos, capacitação de profissionais de saúde e melhoria da infraestrutura hospitalar.

“Hoje, destacamos duas pautas importantes. A primeira é o fortalecimento das ações voltadas à redução da mortalidade infantil no litoral. Para isso, firmamos um compromisso, materializado em um documento assinado por todos os municípios do litoral, reforçando nosso empenho conjunto nessa causa. A segunda pauta é a possível expansão de serviços de terapia hoje realizados em Paranaguá para outros municípios litorâneos. É uma grande satisfação sermos referência na demanda da inclusão. Essa parceria pode ser consolidada através do consórcio Cislipa e também com a Fundação Assistência Saúde de Paranaguá (Fasp), que além de administrar a UPA, atua em outros segmentos da saúde do nosso município”, destaca o prefeito Marcelo Roque, presidente da Amlipa.

Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, ressaltou a importância da união dos sete municípios da 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá para a implementação do plano. “Queremos aperfeiçoar, melhorar e avançar. É uma linha de cuidado de atenção às mulheres e às crianças”, afirma a profissional sobre o fortalecimento das ações na redução da mortalidade materno infantil.

Carmen Cristina Moura dos Santos, diretora da 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá, também expressou sua preocupação com a questão da mortalidade infantil. “Temos uma preocupação muito grande, o que nos motivou a discutir com todos os municípios para que tivéssemos todos os esforços para apoiá-los para que possamos reduzir essa mortalidade no Estado”, ressalta.

Ligia Regina de Campos Cordeiro, secretária municipal de Saúde de Paranaguá, destacou a importância da reunião. Ela mencionou que foi uma reunião resolutiva e eficiente para as mães e crianças se referindo às ações voltadas a diminuir significativamente a mortalidade materno infantil. “Além disso, a possibilidade de parceria com outros municípios por meio do Consórcio e da Fasp é outra iniciativa importante para pessoas com autismo”. Ligia Cordeiro expressou confiança de que em breve estarão registrando o convênio e o contrato para compartilhar a expertise e experiência de Paranaguá com outros municípios.

Jonathan Rozemback, diretor-geral da Fasp acredita que esse é o início de uma grande parceria. “Apresentamos para todos os municípios do litoral aquilo que já está acontecendo em Paranaguá e com muita eficiência. Por meio da Fasp, estamos disponibilizando o início desse projeto. Paranaguá hoje já é pioneira nesse trabalho, nesse atendimento especializado. Agora, nós iniciamos o start de um novo tempo, um novo projeto não apenas Paranaguá, mas servindo como exemplo para todo o litoral, vamos dar início em breve a uma segunda fase, que é a possibilidade de expandir esse atendimento com essas especialidades para outras cidades do litoral”, salienta.

Camila Leite, secretária municipal de Inclusão de Paranaguá, destacou que “mais uma vez, a Secretaria de Inclusão está sendo exemplo e referência. Esse projeto é tão importante porque as pessoas com transtorno do espectro autista precisam desse acompanhamento que melhora muito seu desenvolvimento. Para nós é um prazer muito grande divulgar nosso trabalho. Hoje atendemos quase 990 crianças por semana”, destaca.

José Paulo Vieira Azim, prefeito de Antonina e presidente do Cislipa, expressou que vê com bons olhos a possibilidade de contar com esses serviços. “Certamente são oportunidades para os municípios do litoral atacarem essas questões que são desafiadoras. O consórcio vai agir como um intermediário entre as prefeituras e a Secretaria de Estado da Saúde na questão materno infantil e com a Fasp na questão do autismo", comenta.

Rozane Maristela Benedetti Osaki, vice-prefeita de Antonina, afirma que ficou feliz com as oportunidades apresentadas na reunião. “Estamos aqui muito felizes com essa parceria que busca melhorar ainda mais o atendimento às nossas crianças no nosso município. Poderemos contar com um período muito mais curto de espera por atendimento e com qualidade para nossas crianças”, avalia.

“Bastante interessante essa oportunidade de fechar uma parceria com Paranaguá neste trabalho envolvendo o autismo, o TDH. É um tema muito importante. Com essa parceria é possível dar um atendimento ainda melhor às nossas crianças que precisam. E também a questão da rede de proteção, que é o cuidado com a mãe e com o bebê. Com certeza, é uma rede que atende a necessidade de todo o litoral. Mais uma parceria entre os municípios do litoral e o Governo de Estado que vem dando certo”, observa o prefeito de Morretes, Brindarolli Junior.

> Encontre-nos no Facebook