Governo do Estado e Prefeitura propõem adoção de prédios históricos por empresas portuárias em Paranaguá

Projeto apresentado por Rafael Greca prevê revitalização urbana nas margens do rio Itiberê e restauração de casarões históricos no centro da cidade, com apoio da iniciativa privada


O Governo do Estado do Paraná e a Prefeitura de Paranaguá estão articulando uma proposta conjunta que visa a preservação do patrimônio histórico local por meio da parceria com empresas do setor portuário. A iniciativa foi apresentada na última sexta-feira (11) pelo secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, durante reunião realizada na Casa Elfrida Lobo, sede da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico.

A proposta prevê a “adoção” de imóveis históricos por empresas portuárias de Paranaguá, com o compromisso de restaurar e conservar edificações emblemáticas que compõem a identidade cultural da cidade. Além de preservar a memória urbana, a medida tem como objetivo promover a requalificação das margens do rio Itiberê, valorizar o Centro Histórico e estimular o turismo cultural e o desenvolvimento econômico sustentável.

O prefeito Adriano Ramos reforçou o compromisso do município com a valorização do patrimônio e celebrou a proposta como um passo importante para a construção de uma cidade mais viva e integrada. “Paranaguá tem um dos centros históricos mais ricos do Brasil, e cuidar desse patrimônio é uma prioridade da nossa gestão. Essa proposta apresentada em parceria com o Governo do Estado é um passo importante para repensar a ocupação do centro, revitalizar espaços degradados e devolver cor, vida e dignidade a essas áreas. Esperamos que, a partir dessa ideia, possamos sensibilizar empresas a se somarem nesse esforço coletivo de preservação e valorização da nossa cidade”, afirmou o prefeito.

Entre os imóveis previstos no projeto estão o Palacete Visconde de Nácar, a Casa da Família Guimarães, a Casa Cecy, a Casa Gebran, a Casa do Brasão, o Casarão da Marechal Deodoro (local de nascimento do Barão de Paranaguá), o prédio do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP), o Teatro Rachel Costa, o antigo prédio do IBAMA e o Casarão da Conselheiro Sinimbú.

“A cidade de Paranaguá é um berço da história paranaense e brasileira. Preservar seus casarões e espaços simbólicos é um dever de todos. Com essa proposta, queremos envolver o setor produtivo em um pacto de cidadania e memória, aliando preservação ao progresso”, destacou Rafael Greca.

Segundo ele, a iniciativa representa uma ação estratégica de cooperação entre o poder público e a iniciativa privada, fortalecendo a política de valorização do patrimônio cultural e promovendo um novo ciclo de investimentos na área central da cidade. Além disso, a proposta também busca ampliar a sensação de pertencimento e garantir que as futuras gerações possam usufruir de um espaço urbano preservado, acessível e atrativo.

Além do secretário estadual Rafael Greca, participaram do encontro representantes do Instituto Água e Terra (IAT), da Paraná Projetos, da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística (SEIL), da empresa pública Portos do Paraná, e o arquiteto Ricardo Amaral. Pelo Município, além do prefeito Adriano Ramos, estiveram presentes o chefe de gabinete André Ferruci e os secretários Ivan Lapoli Filho (Cultura e Patrimônio Histórico), Vânia Foes (Planejamento e Gestão), Leo Lacerda (Desenvolvimento Econômico, Habitação e Regularização Fundiária), Guto Carvalho (Urbanismo), Marcelo Dias (Administração Regional da Ilha dos Valadares) e Ozeias Rebello (Obras Públicas).

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