Paranaguá recebe Plano Municipal de Redução de Riscos em parceria com governo federal e UFPR

Estudo elaborado pelo projeto Periferia sem Risco vai orientar políticas públicas de habitação, meio ambiente e prevenção de desastres


Na manhã de sexta-feira, 5, o prefeito Adriano Ramos,  acompanhado do chefe de Governo, André Ferruci, do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural e Pesca, Marcio Luis Pedrero Vega e da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, Vania Pessoa Rodrigues Foes, recebeu representantes do Governo Federal, do Ministério Público Federal (MPF), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais (Lageamb) para a apresentação do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), elaborado pelo projeto Periferia sem Risco.

O estudo identifica áreas vulneráveis em Paranaguá e orienta a adoção de políticas de habitação, preservação ambiental e prevenção de desastres. O prefeito Adriano Ramos destacou a relevância do trabalho e criticou a atuação da empresa Paranaguá Saneamento.

“Esse plano nunca havia sido pensado antes. Nossa prioridade é oferecer moradias seguras para quem vive em áreas de risco e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. Não podemos mais admitir que a empresa Paranaguá Saneamento despeje esgoto in natura na baía de Paranaguá, prejudicando a população e o ecossistema”, afirmou Adriano Ramos.

Segundo o diretor do Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco do Ministério das Cidades, Rodolfo Baesso Moura, a visita também marca o início de um projeto piloto de soluções baseadas na natureza, que prevê a recuperação de manguezais degradados no município.

A procuradora do MPF, Monique Cheker Mendes, ressaltou que essas áreas de mangue são bens da União e sofrem pressão de ocupações irregulares.

“É preciso conter os loteamentos ilegais que exploram famílias em situação de vulnerabilidade. O Ministério Público vai atuar tanto na recuperação ambiental quanto no enfrentamento desses crimes”, destacou.

O geógrafo da UFPR, Eduardo Cedrote Paula, explicou que o estudo fornece base técnica para a revisão do Plano Diretor e para a captação de recursos federais.

“O mapeamento das áreas de risco dá segurança ambiental e jurídica à população. Em locais onde não é possível regularizar, o município poderá direcionar projetos de habitação social”, disse.

A secretária municipal de Planejamento e Gestão, Vania Pessoa Rodrigues Foes, lembrou que Paranaguá enfrenta desafios ligados a enchentes e ocupações em manguezais, que funcionam como barreiras naturais contra o avanço das marés.

O Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Periferias, financiou o estudo e acompanha o processo de implementação. O objetivo é transformar Paranaguá em referência nacional em gestão de riscos e soluções sustentáveis.

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