Palestra orienta famílias sobre autismo e reforça importância da rede de apoio
Evento promovido pela Associação Amigos da Inclusão, com apoio da Prefeitura, discutiu diagnóstico, desafios e políticas públicas para neurodivergentes
Na noite desta quarta-feira (data), o auditório do Sesc em Paranaguá recebeu mães, pais e cuidadores para a palestra “Acordei mãe de uma criança autista, e agora?”, promovida pela Associação Amigos da Inclusão com apoio da Prefeitura de Paranaguá. Ministrada pela deputada e ativista Flávia Francischini, mãe de uma criança autista, a conversa abordou desde a identificação dos primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) até estratégias para melhorar a qualidade de vida das famílias.
A vice-prefeita Fabiana Parro destacou o impacto emocional do diagnóstico. “É uma notícia que traz incertezas, principalmente quanto ao futuro da criança autista, porque cada família cria expectativas diferentes para os filhos. Eventos como este são essenciais para mostrar que ninguém está sozinho nessa jornada”, afirmou. Ela reforçou a necessidade de combater o preconceito por meio da informação e lembrou que a associação já oferece atendimentos psicológicos, terapêuticos e grupos de apoio na cidade.
A primeira-dama Patrícia Bamvakiades Ramos, estudante de psicologia, enfatizou a urgência de desmistificar o autismo. “O conhecimento é a ferramenta mais poderosa. Quanto mais pessoas entenderem o TEA, melhor será o acolhimento dessas crianças e suas famílias”, disse.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Fangueiro, destacou que “a palestra nos proporcionou uma reflexão não apenas do ponto de vista parlamentar, que busca aprimorar políticas públicas para o autismo e para pessoas neurodivergentes, mas também pela vivência pessoal da palestrante como mãe de um autista. Tenho certeza de que a Secretaria de Saúde voltará seu olhar com ainda mais atenção para que tanto os pacientes neurodivergentes quanto seus familiares que também necessitam de suporte sejam melhor atendidos e compreendidos,” destacou.
Histórias que inspiram
Flávia Francischini compartilhou sua experiência pessoal para ilustrar os desafios enfrentados pelas famílias. “Nenhum pai ou mãe está preparado para o diagnóstico. O medo do futuro é real, mas com informação e apoio, é possível transformar a realidade”, explicou. A palestrante ressaltou que, apesar do choque inicial, o amor e a busca por direitos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças.
Halleson e Tássia Stieglitz, fundadores da Amigos da Inclusão, celebraram o crescimento da associação, que começou após o diagnóstico do filho Bernardo. “Nosso objetivo é espalhar informação e oferecer suporte. Quem precisar pode nos procurar nas redes sociais”, convidou Tássia.
O evento reforçou a importância de políticas públicas e da mobilização social para garantir direitos e dignidade às pessoas com TEA. Serviços da associação estão disponíveis no instagram @amigosdainclusao.
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