Paranaguá realiza primeira etapa da capacitação para multiplicadores no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas
Iniciativa da Secretaria da Mulher segue nos dias 18 e 25 de novembro e forma participantes para atuar na prevenção e combate à violência de gênero
Nessa terça-feira, dia 11, a Prefeitura de Paranaguá deu início à primeira etapa da Capacitação de Multiplicadores pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas. O encontro reuniu profissionais, lideranças comunitárias e cidadãos engajados na promoção da igualdade de gênero e no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas.
A iniciativa da Secretaria Municipal da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial (Semdir) faz parte das ações alusivas ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas, celebrado em 25 de novembro, e tem como objetivo fortalecer o conhecimento, a rede de proteção e o protagonismo feminino. A capacitação é ministrada pela professora Larissa Hack, do Instituto Batom, e será realizada em mais duas etapas, nos dias 18 e 25 de novembro.
Durante os encontros, são abordados temas fundamentais para compreender e combater as desigualdades de gênero, como direitos das mulheres, lutas e conquistas sociais, independência financeira, economia do cuidado, fortalecimento da rede de apoio, além da tipificação da violência de gênero e dos ciclos da violência doméstica. A capacitação também apresenta o Protocolo “Não é Não: Mulheres Seguras” (Lei 14.786/23), que estabelece diretrizes nacionais para a prevenção do assédio e da violência contra mulheres em ambientes de entretenimento, como bares, casas noturnas e eventos.
De acordo com a secretária da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial, Carolina Miranda, a proposta é promover um espaço de formação e diálogo sobre direitos e autonomia feminina. “O curso tem por objetivo dialogar sobre os direitos das mulheres, suas lutas e conquistas, além de abordar questões sobre independência financeira e os diferentes tipos de violência de gênero. É um evento de grande importância, pois promove reflexão, conscientização e fortalecimento das mulheres”, destacou.
A secretária também ressaltou a relevância da presença da palestrante Larissa Hack, referência nacional e internacional no tema. “A Larissa tem uma trajetória sólida e reconhecida em diversas frentes de atuação. Sua experiência no Grupo Mulheres do Brasil, no Observatório Nacional de Violência Política de Gênero e em iniciativas como o Selo Mulheres + Seguras no Turismo enriquece esse momento e reforça o compromisso com a transformação social”, completou Carolina.
Os participantes que concluírem as três etapas do curso receberão certificado de conclusão e estarão aptos a multiplicar os conhecimentos adquiridos em suas comunidades, contribuindo para uma sociedade mais justa, segura e igualitária.
Voz de quem participa
Entre as participantes está Leovana Domingues, que conheceu a capacitação pelas redes sociais da Prefeitura e compartilhou sua história de superação. “Cheguei até aqui hoje por um anúncio que vi no Facebook. Era um tema que me chamou muito a atenção, em um momento muito crítico e solitário da minha vida. Quando uma mulher vive violência doméstica, ela convive com a vergonha e nem sempre encontra apoio dentro da família, entre amigos ou na comunidade”, disse.
Durante sua trajetória, ela também passou por descobertas pessoais que ressignificaram sua própria vivência. “No meio de tudo isso, descobri que tenho autismo, o que me coloca em uma situação ainda maior de vulnerabilidade. Hoje, compreendo que a mulher que está em um relacionamento abusivo foi, muitas vezes, doutrinada a ele desde cedo. Isso começa dentro de casa, em padrões que se repetem por gerações”, avaliou.
Leovana reforça a importância do acolhimento coletivo no processo de fortalecimento. “Participar de ações como esta, em grupo, com mulheres que passam pelas mesmas situações, faz toda diferença. Você se reconhece, entende o que está vivendo e se sente mais segura para falar sobre o assunto”, comentou.
Para ela, a capacitação é uma oportunidade para apoiar e incentivar outras mulheres que passam por situações semelhantes e não sabem como agir. “Quando fiz minha denúncia e preenchi o questionário da Lei Maria da Penha, percebi que a violência não era só física. Descobri que eu também sofria violência emocional e patrimonial. Foi lendo aquelas perguntas que entendi a dimensão do que vivia. Hoje, estou aqui me capacitando, com o desejo de que um dia eu possa ser uma ferramenta de informação e apoio para outras mulheres. Quero que elas saibam que não estão sozinhas e que há caminhos para romper o ciclo da violência”, finalizou Leovana.
Sobre a palestrante
Larissa Hack é coordenadora global do Programa de Letramento sobre Violência Doméstica do Grupo Mulheres do Brasil, com atuação em mais de 160 núcleos ao redor do mundo. É criadora do primeiro conteúdo sobre ciclo da violência para o Sebrae (2022) e cocriadora do Selo Mulheres + Seguras no Turismo. Também integra o Observatório Nacional de Violência Política de Gênero (2025), o Conselho Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Curitiba e o Conselho Estadual da Mulher (2025–2027).
A Capacitação de Multiplicadores pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas segue nos dias 18 e 25 de novembro, reafirmando o compromisso de Paranaguá com a educação, a prevenção e o enfrentamento à violência de gênero.
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A iniciativa da Secretaria Municipal da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial (Semdir) faz parte das ações alusivas ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas, celebrado em 25 de novembro, e tem como objetivo fortalecer o conhecimento, a rede de proteção e o protagonismo feminino. A capacitação é ministrada pela professora Larissa Hack, do Instituto Batom, e será realizada em mais duas etapas, nos dias 18 e 25 de novembro.
Durante os encontros, são abordados temas fundamentais para compreender e combater as desigualdades de gênero, como direitos das mulheres, lutas e conquistas sociais, independência financeira, economia do cuidado, fortalecimento da rede de apoio, além da tipificação da violência de gênero e dos ciclos da violência doméstica. A capacitação também apresenta o Protocolo “Não é Não: Mulheres Seguras” (Lei 14.786/23), que estabelece diretrizes nacionais para a prevenção do assédio e da violência contra mulheres em ambientes de entretenimento, como bares, casas noturnas e eventos.
De acordo com a secretária da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial, Carolina Miranda, a proposta é promover um espaço de formação e diálogo sobre direitos e autonomia feminina. “O curso tem por objetivo dialogar sobre os direitos das mulheres, suas lutas e conquistas, além de abordar questões sobre independência financeira e os diferentes tipos de violência de gênero. É um evento de grande importância, pois promove reflexão, conscientização e fortalecimento das mulheres”, destacou.
A secretária também ressaltou a relevância da presença da palestrante Larissa Hack, referência nacional e internacional no tema. “A Larissa tem uma trajetória sólida e reconhecida em diversas frentes de atuação. Sua experiência no Grupo Mulheres do Brasil, no Observatório Nacional de Violência Política de Gênero e em iniciativas como o Selo Mulheres + Seguras no Turismo enriquece esse momento e reforça o compromisso com a transformação social”, completou Carolina.
Os participantes que concluírem as três etapas do curso receberão certificado de conclusão e estarão aptos a multiplicar os conhecimentos adquiridos em suas comunidades, contribuindo para uma sociedade mais justa, segura e igualitária.
Voz de quem participa
Entre as participantes está Leovana Domingues, que conheceu a capacitação pelas redes sociais da Prefeitura e compartilhou sua história de superação. “Cheguei até aqui hoje por um anúncio que vi no Facebook. Era um tema que me chamou muito a atenção, em um momento muito crítico e solitário da minha vida. Quando uma mulher vive violência doméstica, ela convive com a vergonha e nem sempre encontra apoio dentro da família, entre amigos ou na comunidade”, disse.
Durante sua trajetória, ela também passou por descobertas pessoais que ressignificaram sua própria vivência. “No meio de tudo isso, descobri que tenho autismo, o que me coloca em uma situação ainda maior de vulnerabilidade. Hoje, compreendo que a mulher que está em um relacionamento abusivo foi, muitas vezes, doutrinada a ele desde cedo. Isso começa dentro de casa, em padrões que se repetem por gerações”, avaliou.
Leovana reforça a importância do acolhimento coletivo no processo de fortalecimento. “Participar de ações como esta, em grupo, com mulheres que passam pelas mesmas situações, faz toda diferença. Você se reconhece, entende o que está vivendo e se sente mais segura para falar sobre o assunto”, comentou.
Para ela, a capacitação é uma oportunidade para apoiar e incentivar outras mulheres que passam por situações semelhantes e não sabem como agir. “Quando fiz minha denúncia e preenchi o questionário da Lei Maria da Penha, percebi que a violência não era só física. Descobri que eu também sofria violência emocional e patrimonial. Foi lendo aquelas perguntas que entendi a dimensão do que vivia. Hoje, estou aqui me capacitando, com o desejo de que um dia eu possa ser uma ferramenta de informação e apoio para outras mulheres. Quero que elas saibam que não estão sozinhas e que há caminhos para romper o ciclo da violência”, finalizou Leovana.
Sobre a palestrante
Larissa Hack é coordenadora global do Programa de Letramento sobre Violência Doméstica do Grupo Mulheres do Brasil, com atuação em mais de 160 núcleos ao redor do mundo. É criadora do primeiro conteúdo sobre ciclo da violência para o Sebrae (2022) e cocriadora do Selo Mulheres + Seguras no Turismo. Também integra o Observatório Nacional de Violência Política de Gênero (2025), o Conselho Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Curitiba e o Conselho Estadual da Mulher (2025–2027).
A Capacitação de Multiplicadores pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas segue nos dias 18 e 25 de novembro, reafirmando o compromisso de Paranaguá com a educação, a prevenção e o enfrentamento à violência de gênero.
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