Capacitação de Multiplicadores pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas encerra ciclo formativo com mais de 300 participantes em Paranaguá
Formação promovida pela Prefeitura integrou a campanha dos 21 Dias de Ativismo, reforçou o letramento sobre violências e ampliou a articulação entre educação, segurança pública e rede de proteção.
A Prefeitura de Paranaguá concluiu, nesta terça-feira, dia 25, o ciclo formativo da Capacitação de Multiplicadores pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, uma das ações centrais da campanha global dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Durante três semanas, a iniciativa mobilizou mais de 300 participantes, entre membros da comunidade, profissionais da educação, servidores públicos, agentes da segurança e estudantes do magistério, no Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar).
Promovida pela Secretaria Municipal da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial (Semdir), a formação foi conduzida pela especialista Larissa Hack, presidente do Instituto Batom. Os encontros abordaram temas essenciais para o enfrentamento às violências: letramento e conceitos fundamentais, ciclo da violência doméstica, comunicação responsável, protocolos de atendimento e o fortalecimento das redes de apoio.
O encerramento reuniu representantes da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar e da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, marcando a integração entre políticas públicas, educação e segurança.
Formação para multiplicar proteção
A superintendente da Mulher da Semdir, Paula Torres, destacou que o ciclo formativo cumpriu seu propósito central: ampliar o conhecimento social sobre violência e preparar novas lideranças comunitárias e educacionais. “Essa capacitação foi muito importante para Paranaguá, porque precisamos multiplicar a ideia de proteger nossas mulheres e meninas. Contar com a participação dos alunos de magistério significa preparar futuros professores que vão combater a violência dentro das salas de aula, nas comunidades e nos espaços de convivência”, afirmou.
Segundo Paula, foram 160 inscritos no curso, somados a cerca de 160 estudantes de magistério do Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha Neto, que participaram da aula ampliada de encerramento. A escolha da data também reforçou o caráter simbólico da ação. “Finalizamos neste dia 25, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas, exatamente para marcar a relevância internacional da data e demonstrar o compromisso da Prefeitura com ações contínuas de enfrentamento. Este é apenas um dos 21 dias de mobilização que seguimos realizando ao longo de novembro e dezembro”, disse.
“Não é uma responsabilidade só da segurança pública. É de todos nós”
Responsável pela condução pedagógica da formação, Larissa Hack destacou a importância de reconhecer o enfrentamento às violências como uma tarefa compartilhada por toda a sociedade. “É muito importante que cada um compreenda seu papel dentro dessa causa. Não é uma responsabilidade exclusiva da segurança pública nem apenas do Poder Executivo ou Legislativo. É uma causa de todos nós”, afirmou.
Larissa também chamou atenção para a gravidade dos indicadores estaduais. “O Paraná está hoje em segundo lugar no país entre os estados com mais casos de violência contra mulheres. Reclamar não resolve. A mudança exige ação, informação e responsabilidade social", disse.
No último módulo, foram discutidos o Protocolo ‘Não é Não’, estratégias de prevenção e um debate sobre masculinidades - ponto central para transformar comportamentos e romper ciclos de violência.
Patrulhas Maria da Penha reforçam a rede municipal de proteção
A apresentação da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar evidenciou o papel do acompanhamento ativo às vítimas. A cabo Renata Mendes Passos Venancio explicou que muitas mulheres, no primeiro contato, ainda não dimensionam a violência sofrida.
“Nós vamos até a mulher quando a violência já aconteceu. Muitas vezes ela não percebe que sofreu mais de um tipo de violência. Durante a conversa, ela se reconhece como vítima e entende que não é culpada pelo que viveu. Nosso trabalho é ser esse braço do Estado, acolhendo, orientando e prevenindo novas agressões”, afirmou.
Na sequência, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, Márcia Garcia, detalhou a rotina de atendimentos e o impacto da atuação municipal. “Acompanhamos mulheres com medidas protetivas. Recebemos ligações todos os dias. Muitas mulheres e meninas não sabem o que fazer. Nós orientamos, acolhemos e acompanhamos desde o BO até o retorno ao lar ou o encaminhamento à Casa da Mulher Parnanguara”, explicou.
Ela reforçou a diversidade dos casos atendidos. “Atendemos situações de uma semana de namoro a 30 anos de casamento. Não tem classe social, não tem idade. Também recebemos medidas cautelares de crianças. Por isso, precisamos de mais projetos, mais psicólogos e mais parcerias. A rede só funciona se estiver fortalecida", destacou.
Enfrentamento permanente
Ao concluir a capacitação, a Semdir reafirma que a formação de multiplicadores faz parte de uma agenda contínua, que inclui prevenção, acolhimento, orientação jurídica, atividades educativas e integração entre serviços.
“Quanto mais pessoas informadas, mais mulheres protegidas. A mudança cultural começa quando deixamos de naturalizar violências e passamos a reconhecê-las e a agir”, afirmou Paula Torres.
Confira a programação da campanha
26/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Serraria
27/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Valadares
27/11 – 9h | Auditório da Semdir - Reunião da Rede de Proteção de Combate à Violência contra a Mulher Parnanguara
28/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Vila Garcia
26/11, 28/11 e 01/12 – 19h | Arena Albertina Salmon - Aula aberta de defesa pessoal para mulheres
26/11, 28/11 e 01/12 – 20h | Arena Albertina Salmon - Aula aberta de capoeira para mulheres
01/12 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Alexandra
02/12 – Praça dos Leões - Assessoria jurídica para mulheres
03/12 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Nilson Neves
05/12 – Praça Fernando Amaro - Assessoria jurídica para mulheres
09/12 – 13h30 | Em frente à Prefeitura - Blitz informativa pelo fim da violência contra mulheres e meninas
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Promovida pela Secretaria Municipal da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial (Semdir), a formação foi conduzida pela especialista Larissa Hack, presidente do Instituto Batom. Os encontros abordaram temas essenciais para o enfrentamento às violências: letramento e conceitos fundamentais, ciclo da violência doméstica, comunicação responsável, protocolos de atendimento e o fortalecimento das redes de apoio.
O encerramento reuniu representantes da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar e da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, marcando a integração entre políticas públicas, educação e segurança.
Formação para multiplicar proteção
A superintendente da Mulher da Semdir, Paula Torres, destacou que o ciclo formativo cumpriu seu propósito central: ampliar o conhecimento social sobre violência e preparar novas lideranças comunitárias e educacionais. “Essa capacitação foi muito importante para Paranaguá, porque precisamos multiplicar a ideia de proteger nossas mulheres e meninas. Contar com a participação dos alunos de magistério significa preparar futuros professores que vão combater a violência dentro das salas de aula, nas comunidades e nos espaços de convivência”, afirmou.
Segundo Paula, foram 160 inscritos no curso, somados a cerca de 160 estudantes de magistério do Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha Neto, que participaram da aula ampliada de encerramento. A escolha da data também reforçou o caráter simbólico da ação. “Finalizamos neste dia 25, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas, exatamente para marcar a relevância internacional da data e demonstrar o compromisso da Prefeitura com ações contínuas de enfrentamento. Este é apenas um dos 21 dias de mobilização que seguimos realizando ao longo de novembro e dezembro”, disse.
“Não é uma responsabilidade só da segurança pública. É de todos nós”
Responsável pela condução pedagógica da formação, Larissa Hack destacou a importância de reconhecer o enfrentamento às violências como uma tarefa compartilhada por toda a sociedade. “É muito importante que cada um compreenda seu papel dentro dessa causa. Não é uma responsabilidade exclusiva da segurança pública nem apenas do Poder Executivo ou Legislativo. É uma causa de todos nós”, afirmou.
Larissa também chamou atenção para a gravidade dos indicadores estaduais. “O Paraná está hoje em segundo lugar no país entre os estados com mais casos de violência contra mulheres. Reclamar não resolve. A mudança exige ação, informação e responsabilidade social", disse.
No último módulo, foram discutidos o Protocolo ‘Não é Não’, estratégias de prevenção e um debate sobre masculinidades - ponto central para transformar comportamentos e romper ciclos de violência.
Patrulhas Maria da Penha reforçam a rede municipal de proteção
A apresentação da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar evidenciou o papel do acompanhamento ativo às vítimas. A cabo Renata Mendes Passos Venancio explicou que muitas mulheres, no primeiro contato, ainda não dimensionam a violência sofrida.
“Nós vamos até a mulher quando a violência já aconteceu. Muitas vezes ela não percebe que sofreu mais de um tipo de violência. Durante a conversa, ela se reconhece como vítima e entende que não é culpada pelo que viveu. Nosso trabalho é ser esse braço do Estado, acolhendo, orientando e prevenindo novas agressões”, afirmou.
Na sequência, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, Márcia Garcia, detalhou a rotina de atendimentos e o impacto da atuação municipal. “Acompanhamos mulheres com medidas protetivas. Recebemos ligações todos os dias. Muitas mulheres e meninas não sabem o que fazer. Nós orientamos, acolhemos e acompanhamos desde o BO até o retorno ao lar ou o encaminhamento à Casa da Mulher Parnanguara”, explicou.
Ela reforçou a diversidade dos casos atendidos. “Atendemos situações de uma semana de namoro a 30 anos de casamento. Não tem classe social, não tem idade. Também recebemos medidas cautelares de crianças. Por isso, precisamos de mais projetos, mais psicólogos e mais parcerias. A rede só funciona se estiver fortalecida", destacou.
Enfrentamento permanente
Ao concluir a capacitação, a Semdir reafirma que a formação de multiplicadores faz parte de uma agenda contínua, que inclui prevenção, acolhimento, orientação jurídica, atividades educativas e integração entre serviços.
“Quanto mais pessoas informadas, mais mulheres protegidas. A mudança cultural começa quando deixamos de naturalizar violências e passamos a reconhecê-las e a agir”, afirmou Paula Torres.
Confira a programação da campanha
26/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Serraria
27/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Valadares
27/11 – 9h | Auditório da Semdir - Reunião da Rede de Proteção de Combate à Violência contra a Mulher Parnanguara
28/11 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Vila Garcia
26/11, 28/11 e 01/12 – 19h | Arena Albertina Salmon - Aula aberta de defesa pessoal para mulheres
26/11, 28/11 e 01/12 – 20h | Arena Albertina Salmon - Aula aberta de capoeira para mulheres
01/12 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Alexandra
02/12 – Praça dos Leões - Assessoria jurídica para mulheres
03/12 - Ação com o Serviço de Convivência do CRAS Nilson Neves
05/12 – Praça Fernando Amaro - Assessoria jurídica para mulheres
09/12 – 13h30 | Em frente à Prefeitura - Blitz informativa pelo fim da violência contra mulheres e meninas
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